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Contabilidade na construção civil: o que é preciso saber sobre o tema?

Construction blueprints

Por que a contabilidade na construção ​civil é importante?


Para garantir o crescimento e a vantagem competitiva ​de qualquer empreendimento, é necessário estar com a ​contabilidade em dia, a fim de garantir um bom fluxo de ​caixa. As empresas que deixam essa preocupação em ​segundo plano, podem até fechar vários contratos e ​trabalhar bastante, mas nem sempre conseguirão ​contar com a tranquilidade financeira para fazer novos ​investimentos ou enfrentar imprevistos, como o que ​temos vivido atualmente, a pandemia do Corona vírus.


É bastante comum encontrarmos empreendedores ​cansados, que fecham muitos contratos, mas estão ​sempre no limite financeiro, sem conseguir contratar ​mais mão de obra ou terceirizar serviços ​administrativos, para que eles possam focar no que é ​mais importante. E, muitas vezes não conseguem ​entender o motivo, sendo que trabalho não falta. Na ​construção civil a realidade não é diferente. Aliás, ​quando falamos dessa área precisamos salientar que há ​diversas características que a diferenciam de outras ​indústrias, principalmente em relação a formação de ​estoques, receitas auferidas, rateio de custos, plano de ​contas, lucratividade, entre outros índices, que ​falaremos a seguir.


Outro ponto importante, é o correto enquadramento ​tributário da empresa, assim como em outras áreas, essa ​escolha é extremamente importante e, diríamos, que é o ​primeiro passo para garantir a saúde financeira do ​empreendimento e poder contar com os benefícios ​fiscais, além de não realizar o pagamento indevido de ​impostos. As possibilidades são as seguintes:


microempreendedor individual -MEI;

super simples;

lucro presumido;

lucro real;

regime especial de tributação -RET

Quais são as boas práticas de ​contabilidade na construção ​civil?


Há diversas especificidades sobre a contabilidade ​na construção civil que é necessário estar atento. ​Para facilitar a compreensão, elencamos nos ​tópicos abaixo, algumas das melhores práticas.

Centro de custos

O centro de custos é bastante utilizado na ​contabilidade para construção civil. Ele parece com ​o fluxo de caixa, mas tem algumas particularidades. ​Em vez de trabalhar com apenas um centro ​financeiro para todas as obras, o centro de custos ​busca individualizar os empreendimentos da ​empresa. Ou seja, se a construtora está subindo ​quatro prédios ao mesmo tempo, cada um deles ​conta com uma contabilidade diferente.

Plano de contas

O plano de contas é uma prática comum entre as ​empresas e uma excelente maneira de manter o ​controle financeiro e os balanços da empresa. Ele se ​parece com o fluxo de caixa e deve estar de acordo ​com a necessidade de cada ramo, além de ser ​regulamentado por resoluções do Conselho ​Federal de Contabilidade., Sendo assim, é muito ​importante contar com a assessoria de um ​profissional especializado no assunto.

Como identificar os ativos e passivos na ​construção civil?


O nome dado aos bens e direitos de uma empresa e que ​ficam demonstrados no lado esquerdo do balanço ​patrimonial é ativo. Divididos entre circulantes, ou seja, se ​convertem facilmente em dinheiro, e os não circulantes ou ​imobilizados, aqueles que levam mais tempo. Na ​construção civil, podemos elencar os seguintes exemplos ​de ativos:


  • créditos;
  • bens móveis e imóveis;
  • maquinário e ferramentas;
  • clientes;
  • estoque;
  • aplicações financeiras.


Por outro lado, temos a figura do passivo, posicionado no ​lado direito do balanço patrimonial. Ele diz respeito às ​obrigações da empresa, ou seja, valores que

reduzem o patrimônio do empreendimento. O passivo ​também está dividido em circulante, que são as obrigações ​que devem ser pagas no curto prazo, e o passivo não ​circulante, que compreende as

obrigações do negócio para o ano

seguinte ou mais para frente. Por exemplo:


  • fundos de depreciação;
  • obrigações trabalhistas;
  • empréstimos;
  • obrigações tributárias;
  • fornecedores e empreiteiros;
  • obrigações previdenciárias;
  • financiamentos.


Quando falamos de passivo, temos ainda um terceiro ​grupo, o patrimônio líquido. Para chegar nesse valor, é ​necessário subtrair o passivo do ativo e encontrar o ​resultado. Mesmo quando o resultado é positivo,

ele não deixa de ser uma obrigação. Portanto, ele continua ​sendo passivo.

Como calcular a lucratividade e o lucro na ​construção civil?

No conhecimento popular, lucro e lucratividade

podem parecer sinônimos, no entanto, para a ​contabilidade eles são conceitos distintos. O lucro é o ​saldo da conta entre receita menos o custo, formado pelas ​despesas e impostos.


Por outro lado, a lucratividade é definida entre o lucro ​líquido e a receita obtida. Sendo um valor percentual e ​relativo. Um dos índices utilizados para essa conta é o

valor geral de vendas (VGV) que é uma estimativa da ​lucratividade. Ele é importante pelas seguintes razões:


  • mostra a viabilidade comercial do projeto;
  • permite a avaliação do potencial desempenho no
  • mercado imobiliário;
  • definição do orçamento da obra;
  • auxilia na elaboração do planejamento da obra.


Para calculá-lo basta multiplicar o número de

unidades disponíveis pelo valor de cada uma delas.

No entanto, é importante ficar atento, pois como dissemos, ​ele é uma estimativa. No processo de

vendas há uma série de fatores que podem influenciar

o preço final, como negociações ou crises econômicas.


Por outro lado, para conseguir prever o seu lucro e, ​consequentemente, a lucratividade, é importante

fazer os cálculos corretos, principalmente no que diz

respeito a formação de preços. Um dos melhores índices ​para isso, é o BDI, que significa benefícios e despesas ​indiretas. Em linhas gerais, trata-se do percentual que ​deve ser multiplicado aos custos indiretos da obra para o ​cálculo do

preço final de venda.

Para tanto, é preciso se ater aos seguintes valores:


custo direito – se refere aos serviços e materiais utilizados diretamente na obra;

custo indireto – pagamentos da equipe, seja ela técnica, seja de suporte, seja administrativa. E deve-se ​adicionar os custos dos encargos sociais, equipamentos do canteiros de obras e outras taxas ​necessárias;

administração da obra – considera as despesas físicas para a implementação da obra e as despesas ​administrativas;

custo acessório – não é afetado direta ou indiretamente pela obra. Representado pelos custos da ​administração central;

administração central – está relacionada a todas as obras realizadas pela construtora em um período;

custo financeiro – também conhecido por despesa financeira, que é o registro da perda monetária;

imprevisto ou contingência, que podem provocar atrasos no cronograma;

garantia – taxa de caução, seguro-garantia, fiança bancária ou títulos da dívida pública;

lucro – como já dissemos, é o resultado da subtração dos custos totais em relação ao preço da venda;

tributos – todo imposto e taxa cobrada pelo Governo, como Pis e Cofins.

Pronto, após levantado cada um desses itens, é possível calcular o BDI. Ou seja, como vocês puderam ​perceber, não é prudente tentar fazer tudo sozinho, sendo que a presença de um contador é essencial ​para garantir a realização de todos os cálculos corretamente, seguindo as melhores práticas e o previsto ​na legislação.


A contabilidade na construção civil, quando bem-feita, garante maior lucro aos investidores, além de ​aumentar a produtividade de uma maneira sustentável e segura, que protege a empresa de ​instabilidades econômicas. A tecnologia também é uma aliada importante, tendo em vista que o ​mercado dispõe de diversas plataformas que podem auxiliar no sucesso da construtora, desde a ​organização financeira, até a melhorar a capacidade de venda dos empreendimentos.


Quer saber mais sobre o assunto? Então, entre em contato conosco e tire todas as suas dúvidas.